Por Odir Cunha.
Hoje as pessoas amam menos, ou a obsessão pelas coisas práticas e materiais embotou a capacidade de amar? Talvez essa falta de amor à camisa que vemos nos jogadores de futebol reflita apenas o estado geral de falta de amor em que vivemos. Não tenho visto mais namorados apaixonados pelas esquinas, olhos brilhando de felicidade, rostos grudados, mãos juntas. O amor está em falta.
Um time faz milhões de pessoas se alegrarem e sofrerem unidas, mesmo que não se conheçam. Escolhemos um time para amar como escolhemos a pessoa com quem viveremos toda a nossa vida. Toda mesmo, porque nesta relação não há divórcio e só mesmo a morte – a nossa – poderá nos separar.
Porém, apesar da generosidade que transborda em seu coração, que perdoa as derrotas mais doídas e até mesmo o rebaixamento para a série B, o torcedor quer ser correspondido. Quer ver no seu ídolo alguém que chora e ri pelo time como ele, alguém com quem possa se identificar.
Isso é muito claro para mim. Se eu, que sou apenas um jornalista que escreve livros, já me sentiria estranho se fizesse algum trabalho para um clube rival, imagine o atleta do Santos, o herói que entra em campo para as batalhas de cada rodada… É duro para o torcedor ver, jogando contra, alguém que ele julgava para sempre do seu lado.
Amar o Santos, para mim, é ser fiel a este amor nas vitórias e nas derrotas, até que a morte. Também é ficar atento ao que pode ser feito para tornar o clube melhor e mais amado por mais pessoas.
E para você, amar o Santos é…?
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